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A obra de Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha se baseia em um livro de mesmo nome do antropólogo francês Bruce Albert e do líder do escritor, xamã e líder indígena Davi Kopenawa Yanomami
Mais uma produção brasileira que chega ao 56ª edição do Festival de Cannes. Desta vez é o documentário brasileiro “A Queda do Céu”, dirigido por Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha, que foi selecionado nesta terça-feira (16) para a Quinzena dos Realizadores do Festival. A Quinzena é uma mostra que ocorre paralelamente ao festival e contará com 21 longas-metragens, como foi anunciado em entrevista coletiva em Paris, por Julien Rejl. A obra de Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha se baseia em um livro de mesmo nome do antropólogo francês Bruce Albert e do líder do escritor, xamã e líder indígena Davi Kopenawa Yanomami. O título do livro faz referência à crença do povo Yanomami de que após a morte do último xamã não restará ninguém para sustentar o céu, motivo pelo qual o céu cairá sobre a Terra. Criada em 1969 pela Sociedade de Realizadores de Filmes (SRF), a Quinzena dos Realizadores foi idealizada para descobrir, produções e autores independentes, bem como celebrar as obras singulares de diretores reconhecidos. Grandes nomes do cinema já passaram pela mostra, como o caso de George Lucas, Martin Scorsese, Ken Loach e Jim Jarmusch. A Quinzena em si não entrega nenhum prêmio próprio, apenas seus parceiros, como a Sociedade de Autores e Compositores Dramáticos (SACD) e a rede de distribuidores Europa Cinemas. Ainda não há previsão para a produção chegar ao Brasil.
Leia a sinopse oficial do filme: A partir do poderoso testemunho do xamã e líder Yanomami Davi Kopenawa, o filme A Queda do Céu acompanha o importante ritual fúnebre, Reahu, que mobiliza a comunidade de Watorikɨ num esforço coletivo para segurar o céu. O filme faz uma contundente crítica xamânica sobre aqueles chamados por Davi de povo da mercadoria, assim como sobre o garimpo ilegal e a mistura mortal de epidemias trazidas por forasteiros que os Yanomami chamam de epidemias “xawara”, e traz em primeiro plano a beleza da cosmologia Yanomami, dos espíritos xapiri e sua força geopolítica que nos convida a sonhar longe.
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*Com informações da EFE
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Fonte: Jovem Pan